Enzimas de restrição

Enzimas de restrição


As enzimas de restrição têm a capacidade de digerir ou cortar o DNA, quando reconhecem uma sequência de bases específicas.

As enzimas são naturalmente produzidas por certas bactérias e funcionam como um mecanismo de defesa da bactéria em relação à entrada de DNA exógeno (DNA que não pertence naturalmente ao organismo em questão), como fagos ou plasmídeos.
A digestão de DNA por enzimas de restrição é um processo simples. Basta colocar o DNA em contacto com a enzima a uma temperatura ideal (geralmente 37ºC), e a enzima inicia o processo de digestão imediatamente, cortando o DNA em diversos pedacinhos. O número de pedacinhos produzido é estabelecido pelo número de sítios de restrição reconhecidos pela enzima utilizada.
As enzimas são específicas e cortam o DNA em locais determinados. A enzima EcoRI, por exemplo, corta o DNA quando encontra a sequência G/AATTC, enquanto a enzima HINDIII corta na sequência A/AGCTT.

Actualmente, já foram identificadas mais de 100 enzimas de restrição.

O que torna as enzimas de restrição tão importantes é o facto de dois fragmentos produzidos pela mesma endonuclease (enzima de restrição) poderem ser unidos, tornando possível a recombinação de DNA laboratorialmente, e abrindo a possibilidade de clonar genes humanos ou isolar proteínas de culturas bacterianas.

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